20.6.12

primavera 2012

Sendo que já vamos quase no fim do mês, urge mencionar esse evounement de alto gabarito ocorrido no princípio de Junho, onde a afluência de estrangeiros nos encheu os olhos e a barriga ávidos por pessoas um bocadinho mais à frente (street style blogue like) no que aos seus trapinhos diz respeito. 

Claro que um festival de música não são propriamente as imediações da semana da moda londrina, muito menos as ruas de Copenhaga: há relva, há subidas e descidas escorregadias, alguma terra, algum pó; há calor durante a tarde e muito frio ao chegar da noite. Não obstante, praticabilidade não foi palavra de ordem. Em todo o caso agradecemos,  que sempre pudemos arregalar um pouco a vista.

A actual tendência é geral. A influência mor são os anos 90, o que se traduz em looks falsamente descuidados. Cabelos desgrenhados, riscas ao meio, madeixas gastas. As conjugações entre peças são as mais improváveis, na mistura dos padrões mais impensáveis, o que ou resulta surpreendentemente bem ou em atrocidade. Fake negligées que, em boa verdade, não poderiam ser mais sobrepensados.

As maiores audácias, no entanto, claramente vieram de fora: vestidos dourados, saias de tule, botas dr. martens prateadas, etc.

Com a molha do terceiro dia e os impermeáveis ofertados nem por isso a coisa ficou mais padronizada. Para sobreviver ao Glanstonbury dos porbrezinhos (isto na qualidade de local que não se pode dar ao luxo de apanhar um avião para ir ao festival de terra alheia), tudo foi permitido, desde repescar impermeáveis a outros festivais a converter toalhas de picnic em abrigo. Por entre os pés mal protegidos por sandálias (e aqui dá-se um desconto a quem veio com bagagem contada), viram-se belas galochas, botins e botarronas com texturas que hão de ter adquirido novas camadas faces aos inevitáveis banhos de lama.

No meu caso, após ter passado os dois primeiros dias a tentar convencer-me que o meu calçado era confortável, cedi à razão e fui resgatar umas sapatilhas ao alto do armário. Muito longe de me sentir a Alexa Chung no meio da lama, mas foi melhor ideia do todo o sempre!

Quanto às vedetas do Primavera Sound que passaram pelo Porto pouco tenho a declarar. As minhas opções fizeram-se pela música, no respeito de cronologias pessoais e favoritismos emocionais, sendo que releguei os hypes de meninas e meninos bonitos para segundo plano. 

Este post padece encarecidamente de imagens. Ainda sem pretexto para stalkar fashionistas e com muita vergonha (e tantas outras prioridades) essa ideia acabou por cair em esquecimentos. Fica para a próxima!

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